André Luis
Fanzine Pop,Rib.Preto
04/05/2019
Nosso entrevistado de hoje é um dos grandes pilares do Heavy metal de Ribeirão Preto e região, Rogener Pavinski líder da banda de Trash Metal Tormenta que a mais de 15 anos vem fazendo um som de responsa e com muita técnica e qualidade nós cedeu uma super entrevista, contou sobre o recém lançado Batismo da Dor segundo disco deles que tem uma qualidade absurda, de nível internacional , esse grande musico que também é um ótimo fotografo e videomaker, tendo feito já grandes vídeo clips de bandas como Necrofobia e Abiosi, nós contou como foi o processo de gravação do disco e mais historias que vocês conferem agora no nosso ENTREVISTÂO
O novo disco Batismo da Dor tem uma produção muito
bem arranjada, excelentes riffs e arranjos bem elaborados, como foi o processo
de gravação, pré-produção e mixagem do disco?
Nós fizemos uma
pré-produção nos meses que antecederam a gravação. Isso ajudou a chegarmos no
estúdio com mais do 90% dos arranjos prontos. O fato de que a maioria das
músicas já faziam parte do nosso repertório há um bom tempo também ajudou.
A gravação e a mixagem foram, apesar
disso, trabalhosas ― pois almejávamos atingir a
qualidade que você ouve no resultado final.
Sem dúvida o trabalho do Rômulo, do Under Studio, foi primordial para
isso, por nos possibilitar chegar no som que queríamos.
Em muitas faixas percebemos a velha e boa forma do Thrash
Metal Bay Área, mas as faixas tem um que de novo. Quais foram as influencias
para esse trabalho?
Difícil falar de influências, pois acredito que elas vem de
tudo que nos rodeia. A nossa intenção como músicos e compositores é sempre
tentar algo a mais, ir além do que já foi feito. Não haveria sentido fazer a
mesma música várias vezes.
Tormenta em sua mais recente formação
Rogener Pavinski-Voz e Guitarra, Flávio Santana-Guitarra, Fernando '' Muttley ''- Baixo Luis Fregonezi- Bateria
Musicas como Dono da Verdade tem samplers de fala, e
toda uma histórica e temática sobre o assunto tratado. Na faixa Perseverança
me parece ter uma fala do saudoso piloto Ayrton Senna. de quem partiu essa
ideia de uma música mais conceitual?
Sim, é uma fala de Ayrton Senna, do qual eu desde a infância
nutro admiração. Tentamos dar as composições elementos que elas pedem. Músicas
como estas que você citou tem uma mensagem muito forte. A ideia partiu de mim,
que foi quem escreveu as letras.
Antaŭŝtorm’ é uma bela faixa instrumental. O
Soulfly tem uma faixa instrumental que leva o nome da banda dês de do primeiro
disco, podemos esperar mais faixas assim da Tormenta?
Sim. No nosso primeiro disco, também temos uma faixa
instrumental com elementos acústicos. Nós gostamos muito de experimentar nesse sentido.
Com vocais em português não tem como não se lembrar de
bandas como Dorsal Atlântica,
principalmente na faixa Batismo de Dor. Vocês tem influência da mítica
banda brasileira ?
Sem dúvida. Dorsal
Atlântica é uma influência musical e ideológica, principalmente para mim.
Faixa Batismo de Sangue
O mercado musical hoje dia no Brasil e no mundo investe
muito no formato do EP com poucas faixas. Porque decidiram lançar um álbum com 10 faixas? Vocês acham que o metal ainda
tem força para lançar disco com 10 faixas?
Sinceramente eu não estou muito ligado no mercado musical.
Eu particularmente gosto do formato de álbuns. Acredito que um álbum como o
nosso, de 10 faixas, marca um período da
vida da banda. Talvez seja anacrônico esse pensamento, mas eu tenho muito mais
prazer ouvindo um álbum de 10 músicas do que um EP com 3 faixas.
Eu gostei muito da versão de Mal Necessário de Ney
Matogrosso, que mostra ecletismo e muito
bom gosto da banda acima de tudo pela boa musica, ouvindo ela assim realmente
se percebe que ela é um metal mesmo. De quem foi a ideia da versão, e vocês
sabem se ele já ouviu a versão?
Não sabemos se Ney já ouviu a versão, é provável que não.
Também não sei se o autor, Mauro Kwitkto a ouviu, embora enviamos o álbum para
a editora. Na verdade, não importa muito.
Eu trouxe a ideia de fazer essa versão, não porque eu fui atrás dela,
mas foi como se ela viesse atrás de mim. É uma música que apareceu em duas
peças de teatro que assisti. E em cada uma delas, essa música me marcou de uma
forma diferente.
O último trabalho da Tormenta é de 2006, nesse tempo a banda
passou por mudanças, nos conte da atual formação e porque Batismo da Dor
demorou tanto para sair.
Com exceção do Luis Fregonesi que assumiu as baquetas pouco
antes do início das gravações, a formação é a mesma. Antes disso, em 2008 o
Ricardo Minutti que gravou nosso primeiro disco havia dado lugar a Rafael
Rissato que fico conosco até o final de 2017. Porque demorou? São muitos
motivos. Nós temos trabalhos regulares e pouco tempo para se Batismo da Dor
saiu no momento que tinha que sair.dedicar a música. Além disso, bandas sofrem
com mudanças de integrantes. Tem a vida que nos cobra diariamente em tantos
aspectos que muitas vezes nos perguntamos se vale a pena dar continuidade nessa
tarefa. No entanto, apesar da demora, penso que só ajudou pois assim tivemos mais tempos para ideais para um novo álbum.
Ribeirão Preto sempre teve tradição na musica pesada, como
você vê as bandas de hoje, e quais bandas você indicaria a quem não conhece as
bandas de peso da cidade.
Sou fã de todas elas. Lusferus, Necrofobia, Abiosi, Fatal
Scream, Violência Moral, RDS, Verbo Perfeito, todas de nível altíssimo.
Por fim deixe uma
mensagem aos leitores do Blog e para aqueles que ainda não conhecem a Tormenta.
Nenhuma oração adiantará, a tormenta chegará.
Acesse o Facebook da banda para maiores informações: